Mulheres na literatura: livros que explicam o mundo

Mulheres na literatura: livros que explicam o mundo

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Blog - Escritoras contemporâneas
- 19/04/2022 13:44:34

Ao contrário das notícias de jornal, rápidas, desenfreadas e muitas vezes fora de contexto, os livros podem ajudar a compreender melhor o que se passa entre a Ucrânia e a Rússia no momento. A Amora selecionou alguns livros para ler em 2022, de autoras contemporâneas russas, ucranianas e bielorrussas, para você que tem vontade de mergulhar nas páginas atrás de respostas a tudo o que temos acompanhado deste conflito recente, mas com raízes profundas na História. Conheça essas mulheres na literatura que contam histórias, escrevem livros de romance e documentais, sob o ponto de vista das narrativas femininas. 

 

Mulheres na literatura: a perspectiva feminina da guerra 

 

Svetlana Aleksiévitch (1948), ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2015, é a autora com o maior número de livros traduzidos e publicados no Brasil. De pai bielorusso e mãe ucraniana, Svetlana recolhe testemunhos da conturbada história da União Soviética e os organiza em livros onde diferentes vozes relatam os acontecimentos. São cinco os títulos dela recomendados pela Amora: “O Fim do Homem Soviético”, “Vozes de Tchernóbil”, “A Guerra não tem Rosto de Mulher”, “Meninos de Zinco” e “As Últimas Testemunhas”, todos editados pela Companhia das Letras.

Duas autora russas contemporâneas com obras de ficção traduzidas e editadas no Brasil são: Liudmila Ulítskaia (1943), com o livro de contos “Meninas”, da Editora 34 e Liudmila Petruchévskaia (1938) com o livro de memórias “A Menininha do Hotel Metropol”, da Companhia da Letras.

A norte-americana Anne Applebaum (1964) de ascendência bielorrussa, ganhou o Prêmio Pulitzer de Não Ficção em 2005. Seus livros retratam a história das atrocidades cometidas pelo regime soviético e também como o autoritarismo de Vladimir Putin ameaça as democracias mundo afora. Seus dois principais livros foram traduzidos para o português e editados no Brasil. São eles: “A Fome Vermelha - A guerra de Stalin na Ucrânia” e “O Crepúsculo da Democracia", ambos da Editora Record. É arrepiante notar os paralelos da campanha de Stalin em 1933 relatados no Fome Vermelha com que está acontecendo hoje por lá. Já o “Crepúsculo” é leitura essencial para esse ano eleitoral no Brasil.

Infelizmente o mercado editorial brasileiro ainda não traduziu nem publicou outras obras interessantíssimas e atualíssimas da americana Masha Gessen (The Future is History), da norueguesa Erika Fatland (The Border), da ucraniana Oksana Zabuzhko (The Museum of Abandoned Secrets) e da jornalista russa Anna Politkovskaya (Putin’s Russia: Life in a failing Democracy), assassinada pelos serviços secretos da Rússia por seu trabalho investigativo sobre a guerra na Chechênia. Quem lê em inglês ou espanhol pode encontrar facilmente esses títulos em e-book.

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