Maria Altamira, de Maria José Silveira
 

Sem que precisasse nomear o que sentia, a música era a sua forma de se colocar no mundo e de saber quem era.

Maria Altamira nos tirou o fôlego, deu nó nas vísceras todas. O livro, da escritora goiana Maria José Silveira, conta a trajetória de duas mulheres: a que dá nome ao livro e Alelí. Duas protagonistas cheias de coragem que nos aproximam da nossa identidade brasileira indígena e latino-americana. Um entrelaçado de tragédias reais com narrativas ficcionais que começa em Yngay, no Peru, e termina em Altamira, no Pará. Não é um livro fácil, mas é necessário. Pensamos muito se deveria estar na nossa caixinha, mas entendemos que a nossa missão como curadoria é também promover um encontro com as verdades incômodas. É um livro muito bom, dos melhores que já lemos. Um livro que vai morar dentro de você pra sempre.

Maria José Silveira é escritora, editora e tradutora. Seu primeiro romance, A mãe da mãe de sua mãe e suas filhas, recebeu o Prêmio Revelação da APCA 2002 e já foi publicado nos Estados Unidos, Itália e França. Desde então, publicou oito romances. Em 2021, com Maria Altamira, foi finalista dos prêmios Oceanos e Jabuti.

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